O Poema
Ele chegou, fruto da prima união dos seus geradores, que para eles era uma mera folia, misturada com descoberta, mas que se tornou num caso curioso. As suas características capitais revelam o irreversível, onde tudo o que faz, fez e fará condicionará a sua e todas as restantes vidas. Irreverente, aventureiro, fazedor, pensador, livre e optimista demarcam-no dos restantes. Talvez por isso seja incompreendido, ou mal compreendido. Ou talvez mesmo seja bem compreendido, mas invejado por alguns, embora sempre gracioso para todos. A sua vida sempre lhe proporcionou tudo o que quis. Bafejado pela ventura? Talvez… Foi merecida? Provavelmente! Uma coisa é certa, ele vive sem prejudicar ninguém, e esse talvez seja o seu maior feito. Se todos abraçassem esta premissa, o orbe seria sem dúvida um melhor local para todos coabitarem. Este é o seu desejo, a sua batalha, pois afinal não passamos de guerreiros, uns pacíficos, outros bélicos. Cabe a cada um de nós escolher de que lado se encontra ou quer encontrar. Eu já escolhi. O lado d’Ele.
5 Comments:
Um post cheio de sentido de humor... Diverti-me muito a lê-lo :)
Eu cá tive um azar do caraças! Tinha uns geradores a pilhas que deram o berro ainda no seculo passado! Nem as ups valeram! O Irreversivel, na altura, foi-me revelado no principio, sendo que eu só percebi isso já quase no fim! Tal condição foi alias, tão preponderante para tudo isto que fui e sou condicionado desde então! A culpa disto tudo, tenho a certeza hoje em dia, foi de um orbe fazedor de cabeças, que certo dia conheci! Tinha o cabelo muito comprido e muito sujo, era muito magro e usava um turbante na cintura! Não tinha um unico dente no maxilar de cima, e os dentes de baixo eram tapados pela pele do queixo! Parecia mesmo um guerreiro pacifico, ou então um oceano atlantico, tal era a sua frieza no olhar! Foi ele que me disse, em tom jocoso e provocador, para comprar aqueles geradores a pilhas porque eram melhores caso faltasse a luz! Como sou optimista e irreverente, decidi aceitar a provocação para mostrar quem é mais esperto! Se tenho o que mereço, não sei! Sei apenas que não merecia isto!
Esqueceste-te de mencionar que ele tambem nao da importancia ao que os outros pensam dele, se gostam ou nao dele...esse para mim e o segredo da felicidade.
O poema não tem mais que o som do teu sentido,
a letra p não é a primeira letra da palavra poema,
O poema é esculpido de sentidos e essa é a sua forma.
Poema não se lê poema, lê-se pão ou flor, lê-se erva
Lê-se pão ou flor, lê-se erva fresca e os teus lábios,
Lê-se sorriso estendido em mil árvores ou céu de punhais, ameaça,
Lê-se medo e procura de cegos,
Lê-se mão de criança ou tu, mãe, que dormes
e me fizeste nascer de ti para ser palavras que não se escrevem,
Lê-se país e mar e céu esquecido e memória,
Lê-se silêncio, sim, tantas vezes, poema lê-se silêncio,
lugar que não se diz e que significa, silêncio do teu olhar de doce menina,
Silêncio ao domingo entre conversas,
silêncio depois de um beijo ou de uma flor desmedida,
Silêncio de ti, pai, que morreste em tudo para só existires nesse poema calado, Quem o pode negar?
Que escreves sempre e sempre, em segredo, dentro de mim e dentro de todos os que te sofrem.
O poema não é esta caneta de tinta preta, não é esta voz,
A letra p não é a primeira letra da palavra poema,
O poema é quando eu podia dormir até tarde nas férias do verão e o sol entrava pela janela,
O poema é onde eu fui feliz e onde eu morri tanto,
O poema é quando eu não conhecia a palavra poema,
Quando eu não conhecia a letra p e comia torradas feitas ao lume da cozinha do quintal,
O poema é aqui, quando levanto o olhar do papel e deixo as minhas mãos tocarem-te,
Quando sei, sem rimas e sem metáforas, que te amo,
O poema será quando as crianças e os pássaros se rebelarem e, até lá, irá sendo sempre e tudo.
O poema sabe, o poema conhece-se e, a si próprio nunca se chama poema,
A si próprio, nunca se escreve com p,
O poema dentro de si é perfume e é fumo,
é um menino que corre num pomar para abraçar o pai,
É a exaustão e a liberdade sentida,
É tudo o que quero aprender se o que quero aprender é tudo,
é o teu olhar e o que imagino dele, é solidão e arrependimento,
não são bibliotecas a arder de versos contados,
Porque isso são bibliotecas a arder de versos contados e não é o poema,
Não é a raiz de uma palavra que julgamos conhecer porque só nós podemos conhecer o que possuímos
E não possuímos nada,
Não é um torrão de terra a cantar hinos e a estender muralhas entre os versos e o mundo,
O poema não é a palavra poema porque a palavra poema é uma palavra,
O poema é a carne salgada por dentro,
É um olhar perdido na noite sobre os telhados na hora em que todos dormem,
É a última lembrança de um afogado, é um pesadelo, uma angústia, esperança.
O poema não tem estrofes, tem corpo, o poema não tem versos, tem sangue,
O poema não se escreve com letras, escreve-se com grãos de areia e beijos, pétalas e momentos,
Gritos e incertezas,
A letra p não é a primeira letra da palavra poema,
A palavra poema existe para não ser escrita como eu existo para não ser escrito,
Para não ser entendido, nem sequer por mim próprio,
Ainda que o meu sentido esteja em todos os lugares onde sou,
O poema sou eu, as minhas mãos nos teus cabelos,
O poema é o meu rosto, que não vejo, e que existe porque me olhas,
O poema é o teu rosto,
Eu não sei escrever a palavra poema eu, eu só sei escrever o seu sentido.
Ola Gato ja sabes kem é nao sabes... Bem é so para saberes k agora tens mais uma leitora adoro td akilo k escreves e assim nao me sinto tao so ( aparte de me divertir cm td) Bjus Gato continua a escrever assim vais num bom caminho.........
C.M.
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